Ícones Empresariais do Nordeste

Linha do tempo

26/10/1907 – 

Nascimento de João Pereira dos Santos, Serra Talhada/PE.

1909 – 

Fica órfão de pai e a família perde todos os bens.

Saída da família de Serra Talhada.

(*) ver citações de seu Duque e seu Paulo Valões.

1915 – 

Conhece o industrial Delmiro Gouveia com quem começa a trabalhar na fábrica de linhas da Pedra / Paulo Afonso – BA.

1917 – 

Morre Delmiro Gouveia.

Sem datas definidas 

00:33:47 (fita 01) – Segundo seu Penha, o padre Chromacio viu o jovem seu Santos trabalhando na usina, falou com a mãe dele e trouxe ele para o Recife.  Seu Santos  ajudava na missa e logo arrumou um trabalho o escritório do seu Adriano (de importação de equipamentos). 

00:37:20 (fita 01) – Seu Penha conta o episódio de como seu Santos foi promovido por seu Adriano, acumulando funções, e como juntou dinheiro para comprar a primeira usina.

00:45:18 – Seu Penha conta sobre como seu Santos pagou o empréstimo a seu Adriano e que levou o dinheiro todo numa mala e aproveitou para conhecer o Rio de Janeiro.

1922 –

Seu Santos volta ao Recife, conhece o padre Chromacio Leão (de quem seu Santos tem foto no escritório) e o ensinou português, literatura, filosofia e francês.

1924 –

Conclui curso paroquial e começa a trabalhar na Great Western, linha de ferro inglesa.

1930 – 

Torna-se bacharel em Ciências Econômicas / Faculdade de Comércio de Pernambuco.

1933 –

Conhece Adriano Ferreira, o português.

1934 –

Casa-se com Maria Regueira dos Santos.

1937 –

Em sociedade com Adriano Ferreira, compra a usina Santa Tereza (Goiana/PE). 

1951 –

Cria a fábrica de cimento Nassau. 

Morre padre Chromacio. 

1954 –

Fábrica cimento Itapessoca (Goiana/PE).

1958 –

00:00 (fita 01) – Seu Penha fala sobre como conheceu seu Santos, no Banco do Brasil, quando ele foi lá pedir para assumir os débitos da empresa Barbara cimento (no Espírito Santo). Seu Penha foi a fabrica verificar as condições e seu Santos disse que conseguiria recuperar em 6 meses.

00:15:12 (fita 01) – Seu Penha fala sobre o histórico de bom pagador de seu Santos e as condições dessa negociação com os valores da época.

1960 –

Itabira (Cachoeiro Itapemirim/ES).

1968 –

Cibrasa (Capanema/PA).

1969 –

Discurso/paraninfo turma administração de empresas, FIESP (SP).

1970 –

Portela (Jaboatão/PE).

1972 –

Itapetinga (Mossoró/RN).

1973 –

Itapicuru (Codó/MA).

 1974 –

Itajubara Açúcar e Álcool (Coelho Neto/MA).

00:47:44 – Seu Penha diz que só em 1974 se considera amigo de seu Santos durante o encontro de uma viagem a Araxá/MG (seu Penha a trabalho com a equipe do banco da Amazônia e seu Santos de férias com a esposa, dona Cecê.

00:53:56 (fita 01) – Seu Penha diz que os usineiros daquele tempo mandavam os filhos para fora para virar doutores, mas seu Santos não.

00:54:20 (fita 01) – Seu Santos não fazia parte do IAA (inst. Açúcar e Álcool), ele achava um absurdo porque determinava os preços. Ele acreditava que o preço do açúcar e do álcool deveria ser de acordo com o mercado. 

1979 –

Ibacip Cimento Portland (Barbalha/CE).

1981 –

00:59:00 (fita 01) – Seu Penha diz que uma grande lembrança de seu Santos foi a conversa para vir para o Recife, para trabalhar no grupo santos. 

00:00:00 (fita 02) – Seu Santos vai até a casa de seu Penha e diz que tinha perdido um filho João, (que ele estava preparando para sucedê-lo) e que veio fazer um convite. 

00:12:20 (fita 02) – Seu Penha fala… Quando eu cheguei no prédio da Nassau, o 9º andar era o gabinete de seu Santos, e o 8º os gabinetes dos 3 filhos. E seu Santos me colocou logo no gabinete do filho Joao que havia morrido.

00:18:40 (fita 02) – Quando perguntado sobre a rotina de seu Santos na empresa, seu Penha disse que ele estava sim, lá, todos os dias. Ele comandava mesmo, havia uma obediência a ele.

1986 –

Itautinga (Manaus/AM).

Sem datas definidas –

00:23:21 (fita 02) – Seu Penha, quando perguntado sobre a importância de dona Cecê para seu Santos, conta que ele queria aumentar a usina Santa Tereza e queria comprar uma casa e ela então disse: Precisamos da fonte de renda para gente educar os filhos e a casa pode ficar para depois.

00:25:15 (fita 02) – É essa imagem que eu tenho dela, companheira impecável. Ela era muito discreta, mas Não sei como ela e seu Santos se conheceram, disse seu Penha.

00:30:36 (fita 02) – Quando perguntado se seu Santos era um homem de negócios ou toque de midas e seu Penha diz que ele era um homem extremamente inteligente e que acreditava que para investir precisava economizar.

00:32:35 (fita 02) – E sobre o que os filhos herdaram do senhor Santos. O primeiro filho, João, esse eu vi presente, tive mais afinidades, mas convivi com o Fernando e o José também. Mas depois da morte do seu Santos tudo mudou. 

00:37:02 (fita 02) – Com o afastamento do seu Santos, por conta da saúde, eu entregava os meus relatórios à dona Socorro (secretária) e um dia resolvi ir a casa dele e ler o relatório todo para ele. Seu santos disse: Os meninos estão fazendo tudo errado e pediu que dona Socorro convocasse uma reunião urgente. 

Anos 90 –

2:12 – Taney diz: Em 94/95 eu venho morar no Recife, quem caminhava na Av. Boa Viagem e via logo cedo passar um automóvel americano, um Lincon ou um Cadlac, um senhor sentado na frente, vestido de forma elegante, mas frugal, não tinha excesso na sua vestimenta, ao lado do seu motorista. Ele passava logo cedo, indo para o trabalho.

3:03 – Taney diz: Ai, quis o destino que uns  4/5 anos depois eu fosse prestar um primeiro serviço esporádico para uma pessoa, que tinha uma relação comigo e com Campina Grande, um primeiro serviço para o grupo João Santos e foi bem sucedido. 

3:47 – Taney diz: De repente realizei… Quando entrei, pela primeira vez, no prédio do grupo João Santos, que estava entrando no local que foi construído, fruto do trabalho daquele homem, que eu tinha tanta curiosidade.

5:01 – Taney diz : Eu fui ao 9º andar o prédio do grupo, que tem nove andares, o 9º andar era dedicado ao seu Santos, ele ficava lá. O mobiliário que não era ostensivo, era muito regrado, no viver, no falar, na comida.

8:01 –Taney diz:  Eu não conversei com ele porque ele sempre manteve uma certa distância, e eu muito respeitoso, e as conversas que eu tive com ele eram sempre de quem estava admirando aquele homem e procurando cada palavra que ele dizia, era uma lição. Ai eu fui entrando na decisão de um certo fascínio pela figura dele. 

12:42 – Taney disse: Seu Santos não era um homem de dever, um homem que não fez suas fabricas encima de débitos. Isso é até contraditório porque quando se fala no grupo João Santos atualmente se fala em débito, recuperação.

14:01 – Taney disse: Eu não tive o cotidiano de seu Santos, porque ele era objetivo, ele chamava você para tratar de determinado assunto ou ligava para tratar de determinado assunto. Sim, ele ligava as vezes. 

14:51 – Taney disse: Eu tenho uma grande curiosidade do ponto de vista histórico e até sociólogo, para saber mais sobre esse homem. Essa curiosidade hoje é o que está me impulsionando.

1997 – 

Morre dona Cecê.

Sem datas definidas –

1:35 – Seu Duque fala sobre o começo da amizade e relacionamento profissional com Joao Santos, que começou por intermédio do deputado Metodio Godoi, que era tio da minha esposa, Joao Santos já estava desenvolvendo atividade no ramo cimenteiro e, ele por ser filho de Serra Talhada, pretendeu na época ter um revendedor do cimento Nassau.

3:04 – E ai eu passei a vender para a região, Ceará, Piauí, Paraíba e toda essa região em volta de Serra Talhada. Posteriormente a xxx preparou a linha férrea ate Serra Talhada e comecei a receber o produto aqui em Serra Talhada. 

5:15 – Ai eu passei a me relacionar com os filhos do seu João Santos, João Bernardino, o Fernando, o João que posteriormente veio a falecer, num acidente aéreo, me parece que no Paraguai. E ai continuou o nosso relacionamento, que durou 15 anos. 

6:23 – Era um homem que eu sempre tive acesso e tinha uma confiança,  tinha respeito e a reciproca era verdadeira. Era uma amizade saudável e que me faz falta. 

8:11 – Ele sempre deu muita atenção à família, e procurasse João Santos sabia que seria bem servido, era um homem de coração doce, duro e firme nas suas decisões, um empreendedor de alto nível, mas dócil quando se tratava de assunto social. 

13: 20 – O tempo passou e numa certa ocasião, o pároco da cidade, padre Jesus, um espanhol, me procura: João Duque, eu sei que você é amigo de João Santos e quero que você me ajude. Eu quero pedir um altar de mármore aqui para a matriz. E eu fui, ele também levou o prefeito da cidade.

23:17 – A repórter pergunta: O que o senhor sabe sobre a fazenda que seu Santos nasceu? Meu relacionamento com Santos foi mais na área comercial, raramente familiar e quase nada pessoal. Quanto a origem de João Santos, tudo que eu sei é por informação. Sei que ele nasceu na fazenda Ladeira Vermelha, no distrito de São Francisco, que hoje é um povoado de Bernardo Vieira. Naquela época existia uma grande rivalidade entre duas famílias: Pereira e Carvalho, uma briga seria, que se matava. 

25:34 – Então, dentro desses acontecimentos, desavença, o Jose Bernardino Gomes dos Santos, se não me falha a memória, era o nome do pai de seu Santos, foi perseguido e chegou a perder tudo que tinha. Nessa Época João Santos tinha 2 anos de idade e então, devido a essa situação, para não ficar desamparados, o senhor Neco Valões, que é pai daquele rapaz, Paulo Valões, juntou a família, a viúva…  O senhor José Bernardino já havia falecido.

27:36 –  João Santos, já com 8 anos de idade conseguiu um trabalho na indústria de linha de Delmiro Gouveia desse percurso de trabalho ele chegou a perder  um dedo (e faz um gesto no dedo mindinho da Mao direita). Isso naquela época, hoje uma criança de 8 anos não pode trabalhar. 

30:08 – E Joao Santos, com as suas economias, consegue que o português coloque ele como socio da usina. 

E assim ele se desenvolve, ganha a confiança desse português, ai compra outra usina, a de Santa Teresa, e tem comentário ai no jornal que, tempos depois o português foge para Portugal, por algum motivo, nessa época o governador era Agamenon Magalhaes e o interventor era duro na queda. Ai, fui informado, Que o Metodio, parente do governador e amigo de João Santos, sugere que tome o comando até que João Santos compra os direitos da usina e fica como proprietário. 

31:09 – Ai começa a desenvolver outras atividades e o mercado de açúcar começa a declinar em Pernambuco, e como grande empreendedor que era, ele decide entrar no mercado de cimento. Ai ele cria a Itapessoca Agroindustrial, lá em goiana. Foi ai que, anos depois, eu passei a ser o representante de cimento de João Santos.

2001 –

Itaguassu  (N. sra. Socorro/SE). 

Itapissuma (Fronteiras/PI).

2007 –

Seu Santos deixa de trabalhar presencialmente na empresa e acompanha tudo por telefone.

16/ 04/ 2009 –

Falecimento de seu Santos.